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José Olmiro Borges tem 65 anos de idade, mas desde os 13 que se dedica ao remo. Treinador experiente, Juca, como é mais conhecido entre os remadores do Náutico, acumula na vasta bagagem mais de 200 medalhas de ouro e quase 50 títulos entre brasileiros, Norte/Nordeste e estaduais. Seu primeiro trabalho como treinador completa exatos 45 anos.

“Só fui remador dos 13 aos 16 anos. Isso porque, devido à minha baixa estatura (1m63), não poderia continuar a remar. Na época, o meu treinador me mandou escolher entre ser timoneiro ou abandonar o remo. Optei por ser treinador, quando estreei aos 19 anos pelo Grêmio-RS, em 1969”, recorda Juca.

De temperamento forte e detentor de um otimismo acima de qualquer coisa, o gaúcho da Estrela, cidade do interior do Rio Grande do Sul está no Clube pela 5ª vez. “Creio que possamos vencer o Campeonato Pernambucano. Eu acredito e trabalho diariamente para isso!”, aposta o treinador alvirrubro.

A primeira vez que Juca treinou o Náutico foi há quase 30 anos. De 1976 a 1979. Depois, ele voltou ao Clube nos anos de 1985 a 1990. Na terceira vez, ficou por cinco anos: de 1991 a 1996. A penúltima passagem foi a mais curta: de 1999 ao ano 2000. Antes de retornar ao Náutico, Borges passou 12 anos em Manaus-AM. “Foi o único estado em que não conquistei título, pois treinava a federação”, conta Juca.

CURRÍCULO

Juca Borges trabalhou em quatro das cinco Regiões do Brasil: Sul, Sudeste, Norte e Nordeste. Nos estados do Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Amazonas e Pernambuco foi treinador das respectivas seleções estaduais, e treinou dez clubes.

Em 1983, Juca teve a oportunidade de treinar a seleção brasileira de remo, no Sul-Americano do Chile. Em quatro provas, quatro medalhas: foram duas de prata, no Double e Four Skiff; e duas de bronze, no Skiff e Dois Sem.

Pelo Náutico, Juca tem um título estadual (2013), e 5 brasileiros: 1993 Skiff peso leve e no 4 Sem peso leve e Senior, em 2012 Skiff Junior e 2 Sem Junior.

Ao todo Juca conquistou 43 títulos brasileiros. Foi 16 vezes campeão geral do Norte/Nordeste, ganhou 15 títulos como treinador de clubes e obteve mais de 200 medalhas de ouro. “Na competição brasileira de remo, uma vitória equivale a um título. Então, em cada prova, o remador recebe a medalha e o clube o troféu”, explicou Juca.

Segundo o técnico alvirrubro, a partir de 1997, a Confederação Brasileira de Remo determinou que não haveria mais o campeonato brasileiro de seleções. A disputa seria somente entre os clubes federados.

Por sinal, o Náutico estará na disputa do Campeonato Brasileiro de Clubes 2015, que será realizado em Brasília-DF, no final deste mês.

4ª REGATA DO PERNAMBUCANO

Porém, antes, a delegação alvirrubra participa da 4ª regata do Campeonato Pernambucano de Remo, que acontece na raia do Marco Zero, no Bairro do Recife, dia 18 de outubro.

O gestor de Remo do Náutico, Lula Melo, informou que duas atletas do Espírito Santo foram contratadas para reforçar a equipe. Sulamyne Faustino, 17 anos virá para o Júnior A e Ana Cláudia Borges, 39 anos, para a Master.

ROTINA DE TREINO

Acordar cedo faz parte da vida de atleta de remo. Seguindo à risca um trecho da letra da música “Timbu Coroado”, “Desde cedinho já está acordado…”, assim segue a rotina de treinos dos remadores alvirrubros.

A partir das 4h30 da manhã começam os treinos matinais, que vão até 7h. Depois, outra bateria das 15h às 19h, de segunda à sexta. Aos sábados e domingos, só há o turno da manhã. “Os remadores treinam cerca de 4 horas por dia, nos seis dias da semana”, conta Juca.

“Mas tudo vai depender da disponibilidade do atleta em realizar o treino da tarde, por questões de estudo e trabalho. Se chegar antes das 19h, então treina. Caso contrário, não terá atividade”, explica Juca.