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Presidente, apenas metade do primeiro mês de gestão, e já muitas “pautas”. O sr. esperava por isso?

O resgate do Náutico passa por diversas frentes de trabalho. Eu tinha plena consciência disso, inclusive desde que apresentamos o nosso plano de metas. É preciso ter muita dedicação, organização e agilidade. Porque estamos cuidando de um clube cheio de urgências e de demandas estruturantes, também. É um novo ciclo que se inicia, trabalhamos para isso. E estamos muito confiantes.

E de onde vem esta confiança?

De alguns primeiros resultados alcançados. No futebol, com a pré-temporada, a regularização de atletas, a entrada na Copa do Nordeste. Na gestão, com o início da revitalização da sede, a reforma dos Aflitos em andamento, uma primeira reorganizada nas finanças do clube, para começar a saldar débitos de toda ordem, inclusive folhas salariais. No relacionamento com o sócio, com as ações de aproximação que vêm sendo adotadas, a retomada da impressão das carteiras de sócio, que tem um grande simbolismo, a intensificação do diálogo pelas redes sociais do clube, e adianto que, brevemente, vamos reativar a ouvidoria do Náutico. Enfim, o mais importante, a torcida vem entendendo o nosso esforço e começa a chegar junto. O caminho é esse.

Então vai ser possível alcançar as metas antes do prazo estimado?

Algumas urgências vão sendo sanadas rapidamente, graças ao esforço monumental de uma equipe que aceitou o chamado, para abraçar esta missão, talvez no momento mais difícil da história do clube, e tem alcançado verdadeiros feitos. Mas, neste caso, não existe milagre. Tudo vai chegar em função de planejamento, trabalho, apoio da torcida, de parceiros. E exige tempo. É importante dizer, estamos começando pelo resgate da credibilidade do Náutico. Nosso ponto de partida é a grandeza do clube, e a energia que nos move é essa paixão que atravessa gerações. E emociona a todos nós. Aliás, não faltou emoção na classificação para a Copa do Nordeste. E também não faltaram trabalho nem torcida. Mas são apenas os primeiros passos.

E que Náutico o sr. espera ver, como resultado deste trabalho?

Um clube financeiramente saudável, na verdade sustentável, uma instituição formadora e valorizadora de atletas, um clube competitivo e vencedor, aberto aos sócios como espaço de convivência, lazer e prática esportiva. Uma instituição reocupando o seu devido lugar, cada vez mais respeitada e admirada, ao completar 117 anos de existência, comemorar 50 anos do Hexa e, finalmente, voltar para a casa que é de todos os alvirrubros, o estádio dos Aflitos. O ano de 2018 tem tudo para ser muito especial.

Qual seria o fator mais importante para este projeto dar certo?

O sócio. Não tenho a menor dúvida de que a presença, a participação, o apoio efetivo do sócio alvirrubro será um elemento diferenciador, viabilizador das mudanças necessárias. Até aqui, apesar do pouco tempo, recebemos alguns sinais muito positivos. Na adesão às campanhas, nas manifestações pelas redes sociais, na torcida. E o Náutico só alcançará os resultados que buscamos se todos se unirem, se a nossa luta for contra os problemas, enfrentados com a força da paz entre os alvirrubros e o amor pelo clube. Como costuma dizer Diógenes, vice-presidente do Náutico, os resultados serão uma consequência do trabalho. A vitória não antecede o planejamento, a estruturação, a ação. Ela será um efeito de tudo o que conseguirmos realizar.

E como está a agenda para as próximas semanas?

Temos jogos pela Copa do Nordeste, Campeonato Pernambucano, Copa do Brasil, temos o Baile Vermelho e Branco, que decidimos resgatar já neste primeiro ano de trabalho, temos uma nova ação voltada para o sócio em dia, valorizando aquele que também tem procurado fazer a sua parte, porque compreende a realidade do clube, temos um intenso e ininterrupto trabalho para assegurar novas receitas para o clube, além de irmos quitando débitos e evitando novas causas trabalhistas, que se tornaram um fantasma quase inviabilizador para o clube, temos a ação de revitalização da nossa sede, que queremos ver ocupada pelos sócios alvirrubros e, é claro, temos uma prioridade que é compromisso: devolver o estádio dos Aflitos à nação alvirrubra. Vamos voltar pra casa e resgatar os tempos de alegria, vibração, união e vitórias. No nosso caldeirão.